Este trabalho insere-se na grande corrente moderna denominada "a busca pelo Jesus da história". Ajudados pelo instrumentário das modernas ciências historiográficas, bíblicas, antropológicas e da leitura comparada de textos sagrados, considera as origens da fé em Jesus, o Cristo, privilegiando os movimentos messiânicos do judaísmo tardio. 

O autor começa resumindo a evolução da exegese em busca pelo Jesus da história. Analisa, como Jesus foi compreendido à luz do judaísmo , dando ênfase aos títulos de Filho de Deus, Messias Salvador, Juiz escatológico e, finalmente, Vitorioso. Faz, então, uma análise do "movimento de Jesus". Sua convicção da escatologia realizada e sua irradiação no contexto social dos primeiros séculos, em que se desenha uma evolução da cristologia, culminam nas definições dogmáticas do quarto século.

Em conclusão, traça as principais etapas do  processo por meio do qual se elaborou a doutrina cristã a respeito de Jesus, a cristologia, valorizando o perfil que nos permite traçar de Jesus a fonte comum a Mateus e a Lucas, denominada fonte Q. O autor insiste, com razão, na continuidade entre a tradição judaica de matriz apocalíptica e o movimento palestino de Jesus, como um movimento de cunho apocalíptico-escatológico, formando, no início, uma comunidade ainda pequena, à margem na sociedade judaica.

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